Boa noite, genteeee .
Que calor, em? Ou o sol tá chegando mais perto da Terra ou as consequências do efeito estufa ta chegando mais cedo. Não tá dando pra aguentar esse calor, não acham?
Pois bem, fui tomar sorvete hoje de tarde com a minha mãe né. Alguma coisa que pare o calor um pouco. Cheguei no Mc D. e a mesma história de sempre: só tem sorvete de baunilha, fila enorme e tendo que comprar no caixa com lanches. Tudo bem, eu só gosto de baunilha, não tinha nada pra fazer e podia ficar esperando. Êe. Comprei meu sorvete, o da minha mãe e sentamos lá dentro. Que ar condicionado, juro pra vocês que devo ter ficado uns 10 minutos mais do que o normal lá dentro. Enfim, não era sobre isso que eu queria falar. Um pouco depois de nós sentarmos, na mesa ao lado, um menino com síndrome de down sentou-se ao lado de um homem, parecia executivo. O homem, pelo que parecia, desde que cheguei, estava no telefone e não sei se foi por esse motivo ou mera coincidência, ele parou de falar no telefone e começou a puxar assunto com o menino. Não sei se sou intrometida demais , ou se as mesas, perto uma da outra, facilitava a audição da conversa. Mas, eles começaram a conversar, apertaram a mão, falaram sobre o lanche, o cansaço, o calor... e se apresentaram, o nome do menino era Leo. A primeira coisa que eu pensei foi em meu primo com mesmo nome, e em outros inúmeros Leo's que conheço ou já conheci. Esse foi diferente, fique tão feliz ao ver ele conversando como qualquer pessoa, puxando assunto com a servente, com a moça do lado, enquanto sua mãe não chegava com seu sorvete. É, enquanto. Pelo que já havia reparado sua mãe havia olhado com uma cara feia para o ''empresário'', que nesse momento já não estava mais ali. Quando ela chegou com seu lanche rapidamente o menino abriu um sorriso para o sorvete e parou de conversar. A moça que havia sentado do meu lado, assim como eu e minha mãe, estava sorrindo pela felicidade que o menino passava ao sorrir e reparando a dificuldade que ele tinha em comer na casquinha já que não vendem mais em copinho. Ela, indignada, por não derem um copinho, foi lá e explicou a situação com toda sua calma e pegou um copinho e entregou a mãe do garoto. Aí que eu fiquei meio, digamos..., intrigada. Ela nem agradeceu, pegou o copinho e pôs ao lado. Falou: ''ele não toma no copinho''. E dava na boca do menino. Fiquei indignada assim como a moça, solidária, que estava ao lado. O sorriso, que estava em sua boca, rapidamente se fechou, ela virou-se para nós e falou: ''A maior dificuldade de um deficiente são os pais''. Descobrimos que ela era uma voluntária em um centro de ajuda a pessoas com deficiências e que, adorava isso pois, já que era aposentada, gostava de passar seu tempo com eles. Ela ainda acrescentou: ''É muito surpreendente. Cada um ali, com suas dificuldades, surpreende cada dia mais. Uns que vêm sem andar, já andam se apoiando, e os que mal falavam agora já falam, sabem o nome de todos, e ainda combram quando um de nós não vamos lá. É totalmente impressionante, chega a ser engraçado'' .Falava, já com lágrima nos olhos. Voltou ao assunto anterior: ''Muitas vezes os pais querem tanto que seus filhos tenham uma vida normal e facilitam tanto a vida deles, e não cobram nenhum esforço, não estimulam a criança. Cada pessoa tem uma coisa em especial, um dom e só precisam de estímulo''. Fiquei pensando e, aquilo não deixava de ser verdade. Crianças, até sem deficiencias, que não caem não têm a chance de se reerguer e se superar, ganhar experiência e aprendizados. É preciso cair para levantar. É preciso pedras para desviar. É preciso problemas para superar!
Não sei o motivo de passar isso a vocês e, muito menos, o motivo disso ter ficado em minha mente. Só sei que me surpreendi muito e o que eu tirei de lição foi que: Todos nós temos nossas dificuldades e barreiras não é por isso que somos normais ou anormais. Todos somos diferentemente iguais. E, se ao termos uma barreira irreversível ou insuperável o que devemos fazer é nos acomodarmos com ela, nunca esquecermos dela. Se um dia, precisarmos de alguém, alguma ajuda, nunca devemos ter vergonha de nós mesmo e falarmos, sem medo de nada pois as barreiras que tenho que superar são as mesmas barreiras que muitas pessoas ainda terão.
Bom, é isso aí gente. Vou ficando por aqui, espero que tenha feito vocês refletirem sobre isso, viu? Até breve.
A felicidade na vida é sabermos que somos amados apesar de sermos como somos. Victor Hugo
Superar
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Cotidiano by Mari
- 6 de nov. de 2009
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